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Vão deixar o David Almeida fazer barba, cabelo e bigode?

Prefeito de Manaus segue como favorito à reeleição. Seus adversários, até o momento, não possuem estratégias eficientes para desgastá-lo.
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Carta ao futuro.

As exonerações de Renato Júnior, ex-titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura – Seminf e de Shádia Fraxe, que comandava a secretaria de Saúde de Manaus, amplia a possibilidade de o prefeito David Almeida emplacar uma chapa majoritária puro-sangue só com partidários do Avante para a sua reeleição, e vencendo o pleito, teria hegemonia na política do Amazonas. Será que os outros políticos vão deixar isso acontecer?

O prefeito de Manaus já emplacou nas eleições gerais de 2022 o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, que é filiado ao Avante e, por amizade e lealdade a David Almeida, foi o indicado. Tadeu é o substituto natural de Wilson Lima, caso ele decida renunciar ao mandato para disputar um outro cargo eletivo, como o de senador nas eleições de 2026. Então, Almeida já tem um forte aliado dentro do governo estadual.

Nessa arrumação de estratégia para 2024, Almeida terá que envolver seus dois aliados: os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz, ambos com projetos políticos para 2026. O primeiro quer a reeleição e o segundo deseja o governo do Estado. Se David montar uma chapa somente com partidário do Avante, a possibilidade de ele deixar a Prefeitura e concorrer ao governo é grande. Uma vez reeleito, qual o sentido de o prefeito terminar o mandato? Logo, Aziz pode ter Almeida como concorrente em 2026.

Braga terá uma reeleição difícil, dependerá dos votos do interior e do presidente Lula, pois se o prefeito David não for reeleito, a sua força em Manaus continuará pequena. E, como a política é como nuvens, mesmo que o David vença com chapa puro sangue, não existe garantia de apoio. Por isso, Braga e Omar irão fazer pressão para emplacar um aliado na vice de David.

O prefeito segue o favorito à reeleição. Seus adversários, até o momento, não possuem estratégias eficientes para desgastá-lo. Dois pré-candidatos, com experiências de gestão pública, Marcelo Ramos e Wilker Barreto, se destacam pela capacidade de transmitir antipatia; Amom Mandel acerta quando coloca para o debate público a importância de uma cidade melhor para hoje e para o futuro, mas escorrega em vídeos bobos.

Roberto Cidade conduz uma grande aliança política e administrativa, mas não tem carisma e possui dificuldade para a comunicação, além de comandar um parlamento fraco; Capitão Alberto Neto é jovem e quer ampliar apoios, porém, não consegue liderar sozinho sem Bolsonaro. 

Em comum, todos ainda não entenderam que o prefeito é o David Almeida, o principal adversário, responsável pela administração do município nos três anos e seis meses, e pode ou não, a partir de 2024, comandar um grupo político hegemônico. 

Há um outro fator importante nessa articulação de David Almeida: o vice-governador Tadeu de Souza, assumindo após uma possível renúncia do atual governador para disputar um outro cargo, pode gostar da cadeira de governador e pleitear a recondução ao cargo, mas tudo isso consta no campo das possibilidades políticas.                                                                                                                                                            

O fato concreto no momento são as exonerações de aliados fiéis a David Almeida, ficando aptos para concorrem ao cargo de vice, indicando que o prefeito quer fazer “barba, cabelo e bigode”, como afirma o ditado popular quando o jogador ganha tudo numa disputa.

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