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Dengue

Mais de 60% dos criadouros de Aedes aegypti poderiam ter sido evitados em vistorias semanais

Dados leva em consideração mais atualizado informe epidemiológico de dengue no Amazonas
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Mais de 60% dos criadouros de Aedes aegypti
Foto: Divulgação /FVS-RCP

A Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, alerta que 66,8% dos criadouros do Aedes aegypti, transmissor de arboviroses, como a dengue, no Amazonas, estão em depósitos de água que poderiam ter sido evitados com a realização de vistorias semanais contra o mosquito.

A porcentagem refere-se à soma de criadouros em depósitos para armazenamento de água para consumo, em objetos passíveis de remoção ou proteção, como pneus e lixo acondicionado de forma irregular; e depósitos móveis, como vasos/frascos com água, pratos, bebedouros e materiais de construção, como sanitários estocados.

O quantitativo leva em consideração o mais Informe Epidemiológico da Dengue no Amazonas, atualizado em 28 de dezembro de 2023, disponível em: abre.ai/hNJf.

Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP, destaca que o trabalho da eliminação dos criadouros deve ser constante junto à população em ação conjunta com as ações desenvolvidas pelas Secretarias Municipais de Saúde, principalmente no período sazonal da dengue que, no Amazonas, coincide com o período chuvoso, normalmente, registrado de novembro até junho.

“A Fundação está comprometida em fornecer orientações, recursos e apoio necessários, mas a batalha contra a dengue é de responsabilidade de todos nós. Juntos, gestores e população, podem reduzir significativamente os casos e garantir um ambiente mais saudável para todos no Amazonas”, disse a diretora-presidente da FVS-RCP.

A desova do Aedes aegypti ocorre com o depósito dos ovos da fêmea no criadouro próximo à superfície da água. Para impedir o processo, é fundamental eliminar todos os potenciais focos do mosquito transmissor. Se isso não for possível, é necessário que todos os locais de armazenamento de água sejam mantidos bem fechados e protegidos com telas e tampas adequadas. 

A gerente de Doenças de Transmissão Vetorial (GDTV-Dengue) no Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) na FVS-RCP, Luzia Mustafa, acrescenta que é importante lavar, com escova ou palha de aço, as paredes dos recipientes que não podem ser eliminados, onde o ovo do mosquito pode permanecer grudado.

“Orientamos, aos moradores, realizar uma vistoria em suas residências, pelo menos uma vez por semana, em todos os tipos de depósitos que podem acumular água, tornando-se possíveis criadouros. É preciso observar os depósitos de armazenamento de água, lavar uma vez por semana para eliminar os ovos do mosquito e os depósitos passíveis de remoção. Essa é a melhor maneira de evitar a transmissão de dengue”, acrescenta a gerente.

Vistoria semanal

Para evitar a proliferação do mosquito transmissor de arboviroses, a orientação é que a população aplique a estratégia dos 10 minutos de vistoria por semana de possíveis criadouros do mosquito para manter a casa, ambiente de trabalho e escola livre do mosquito. A inspeção nas casas é uma medida simples e pode ser implementada no cotidiano.

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