Culturas ancestrais de povos e comunidades negras e indígenas oferecem valiosas contribuições para a humanidade. No entanto, direitos básicos desses grupos, incluindo a proteção de seus locais sagrados e patrimônio, foram e continuam a ser violados. Avanços sociais não colocaram fim à discriminação e à exploração que esses povos têm sofrido historicamente.
O grupo este ano vai apresentar questões sob à luz das prioridades da presidência brasileira do G20: combate à fome, pobreza e desigualdade, desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. W. Cole Durham Jr., presidente do IF20, declarou que “os encontros proporcionam significativas oportunidades para colaborar com representantes indígenas e de matriz africana. Isso impactará a todos”.
Com o lema “Povos Indígenas, Comunidades de Descendência Africana e Direitos Coletivos: Perspectivas sobre Liberdade Religiosa e as Prioridades da Presidência Brasileira do G20”, representantes governamentais, de instituições da sociedade civil, de variadas comunidades religiosas, da academia e de outros setores dialogam a respeito dos meios para se construir sociedades justas, pacíficas e solidárias.
Irenilda Aparecida Maria Francisco (Iya Gilda), coordenadora-geral de Promoção da Liberdade Religiosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, participou da reunião do grupo na cidade de Belém, no Pará, e disse que “após intensas atividades culturais e acadêmicas, onde se fizeram presentes representantes de tantas religiões e culturas diferentes, chego à seguinte conclusão: mesmo preservando nossas diferenças, é possível construir uma cultura de paz e de respeito à diversidade cultural e religiosa”.
Histórico do IF20
O Fórum Interreligioso 20 reúne diversos atores inspirados pelas agendas do grupo das maiores economias do mundo desde 2014. Por meio da organização de reuniões em diferentes regiões do mundo, do diálogo e de estudos e análises, o Fórum contribui para o processo do G20, levando a experiência e a voz de diversas comunidades religiosas.
O foco central do IF20, especialmente durante a presidência do Brasil no G20, é o apelo urgente à ação para socorrer as comunidades mais vulneráveis do mundo, que enfrentam desafios como pobreza, desigualdade, discriminação, conflitos armados, migração e deslocamento forçados, os efeitos duradouros das emergências globais de Covid 19 e os problemas ligados às mudanças climáticas.
A Cúpula será em Brasília, no Distrito Federal, de 19 a 22 de agosto, com ênfase nas prioridades da Presidência Brasileira do G20 e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Fotos. Divulgação IF20