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Ideologias que matam

Guerras, conflitos pelo poder político e financeiro, intolerâncias religiosas e o ódio racista são manifestações de ideologias que destroem e matam.
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Ideologias que matam

Uma história que aconteceu há três anos. Depois da superação das dificuldades da vida, o amor chegou! A felicidade tinha nomes, cachorros e gatos, automóvel e residência, sonhos e planos para viver juntos para toda vida. Porém, uma ideologia política, uma crença e muita desinformação trouxeram a morte, a tristeza e um novo viver.

Antes do casamento e de chegar ao interior do Pará para morar, o marido e a esposa atravessaram dias difíceis. Os primeiros relacionamentos conjugais de ambos foram movidos por infelicidades, conflitos, falta de solidariedade e nenhuma perspectiva futura. Tudo caminhava para um sofrimento perpétuo.

Ele já tinha trabalhado em várias empresas do Distrito Industrial, com muito esforço fez um curso técnico na área de refrigeração, sem acumular ganhos financeiros e nem patrimônio material; ela não tinha uma profissão definida, fazia pequenos trabalhos domésticos e, por anos, trabalhou em empresas do Polo Industrial de Manaus – PIM. Nessa época, não havia para ambos um plano para um futuro melhor.

Num encontro casual, numa reunião na casa de amigos, ele a conheceu. Foi um momento de força do amor. Não eram mais jovens. Morena forte e com traços de mulher da Amazônia fez o homem desejar rapidamente o casamento. O sofrimento tinha ficado no passado, só importava um presente e um futuro decente e com vitórias.

Logo após o casamento, foram visitar parentes no interior do Estado, ficaram felizes com a beleza natural da pequena cidade e da recepção calorosa dos familiares. Além disso, o local não tinha um técnico em refrigeração. Resolveram mudar, ir morar lá, perto de pessoas da família e construir uma nova história de vida.

Com o tempo, compraram terreno, automóvel, moravam numa boa casa, tinham uma microempresa, criaram cachorros e gatos, e inauguraram a sede de uma pequena igreja. Eram religiosos e queridos por dezenas seguidores. Tudo na vida deles acontecia com muito amor e oração. Até que veio a tragédia.

A pandemia de covid-19 se espalhou pelo mundo e chegou às pequenas cidades do Brasil. Milhões de pessoas morreram ou ficaram sequeladas. O único barulho ouvido, em algumas localidades, era o som do carro funeral. As recomendações médicas foram: o uso de máscara; evitar aglomeração; usar álcool em gel; e vacinação para melhorar a imunidade individual e da coletividade.

Ele não quis receber a dose da vacina, porque do seu celular vinha uma voz que dizia: “vacina chinesa, ela vai transmitir o vírus”. E a sua esposa, por pedido dos pais, aceitou receber a dose do imunizante. A doença atingiu quase toda cidade. O cônjuge foi diagnosticado com covid-19. A mulher não teve complicações. O marido sofreu muito, teve uma morte muito sofrida e ficou isolado de todos.

Agora, depois de três anos da morte dele, a viúva já se casou novamente. Ela busca superar a tragédia e encontrar novos planos na vida e viver um novo amor. Com passar dos dias, os cachorros e gatos morreram também, talvez de tanta saudade do dono. Foi uma pessoa boa e trabalhadora, eu conheci a sua bondade.

Narro essa história verdadeira para demostrar que pessoas influenciadas por ideologias morreram, morrem ou continuam cultuando ideologias mortais, cavando o seu túmulo físico e mental. Guerras, conflitos pelo poder político e financeiro, intolerâncias religiosas e o ódio racista são manifestações de ideologias que destroem e matam.

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