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Opinião

Concentração de renda e desigualdade social

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Trânsito violento em Manaus.

Não é novidade para muitas pessoas que o capitalismo gera uma brutal concentração de renda e, por conseguinte, um processo de pauperização. Além disso, o dito sistema tem fomentado marchas de degradação da natureza, por intermédio da exploração desenfreada dos seus recursos naturais, da exploração do trabalho e da busca pelo controle das decisões político-econômicas a todo custo, especialmente em momentos de crises.

Muitos estudiosos, a partir do pensamento de Karl Marx, por exemplo, ressaltam que uma das características do capitalismo é a crise. E de crise em crise, já estudadas e denominadas de “crises cíclicas”, o capitalismo se dinamiza e se mantém. Não obstante, nas últimas décadas do século XX e início do XXI, particularmente nos marcos de 2008, apenas para citarmos um ano, a crise que se desenrolou promoveu o avanço da extrema-direita no mundo e seus discursos de intolerância, ódio e destruição dos direitos sociais. Para o capitalismo, não interessa o regime político, mas sim a sua reprodução e o seu avanço.

Não bastasse o esgarçamento do tecido social, tivemos nos últimos anos um absurdo aumento da concentração de renda e da desigualdade social. Consoante o relatório da Oxfam, divulgado durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, os 1% mais ricos do mundo ficaram com quase 2/3 da riqueza produzida de 2020 adiante. Se pegarmos a última década, essa ínfima quantidade de pessoas açambarcou a metade de toda a riqueza gerada no mundo.

No caso do Brasil, os dados do relatório da Oxfam indicam que 63% de tudo o que é produzido no país fica com os 1% mais ricos. Por outro lado, no relatório consta também que os 50% mais pobres têm acesso há apenas 2% da riqueza produzida. Recentemente, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), a partir do Imposto de Renda, desvelou que os mais endinheirados estão concentrando cada vez mais renda no país. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas – ONU (2021-2022).

Os ricos ficam mais ricos e nas crises enriquecem ainda mais! Os governos Temer-Bolsonaro viabilizaram em demasia essa dinâmica, favorecendo-os. Deixaram como legado uma significativa desigualdade social (aceleradas com a destruição dos direitos sociais, dos programas sociais e dos ataques à democracia e aos Direitos Humanos).

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